sexta-feira, 6 de novembro de 2009



Arte Medieval

Convencionou-se denominar Idade Média ao período da história européia compreendido entre os séculos V e XV d.C. A fase inicial desta época é marcada, no Ocidente, pela decadência cultural, resultante, dentre outros fatores, das invasões bárbaras. Na Europa até o século X, a cultura vive dias difíceis, lutando pela sobrevivência, nas escolas das igrejas e mosteiros cristãos. No século VIII e IX, tendo por centro o império de Carlos Magno, verifica-se uma renovação promissora, que se reflete nas realizações artísticas do período.
 
Arte Românica

Entre os séculos X e XIII, floresce na Europa a arte românica. Seus centros principais são: Itália, França, Península Ibérica e Alemanha. A imitação dos padrões romanos é marcada pela influência da cultura bizantina e pelo contato com os bárbaros.
 
Arquitetura
Torna-se pesada e severa, devido aos grossos pilares que sustentam as abóbadas e os arcos plenos, por vezes combinados com arcos ogivais. As paredes maciças, com poucas janelas e profunda decoração, tornam o ambiente escuro e pesado.
 
Pintura
Plasticamente é uma representação bidimensional. O desenho do espaço é mais simbólico que sensível e as figuras como acontecia entre os egípcios, obedecem a chamada convenção de perspectiva hierárquica: as figuras mais importantes são representadas em tamanho maior.
 
Escultura
Bastante desenvolvida é a técnica do baixo-relevo, sobretudo nos trabalhos de ourivesaria, em que se destacam os relicários, trabalhos em metal ou madeira e metal.

Mosaico
A técnica da decoração com mosaico, isto é, pequeninas pedras, de vários formatos e cores, que colocadas lado a lado vão formando o desenho, conheceu seu auge na época do românico. Usado desde a Antigüidade, é originária do Oriente onde a técnica bizantina utilizava o azul e dourado, para representar o próprio céu.
 
Arte Gótica
Período desenvolvido no norte da França no final do século XII e início do seguinte e se espalha por toda a Europa a partir do século XIV. O nome "gótico" com sentido pejorativo "bárbaro" foi dado pelos renascentistas inconformados com vários elementos da cultura medieval.

Pintura
Dentro das novas concepções arquitetônicas, o vitral substitui , vantajosamente, a pintura mural complementando-se a decoração com os recursos da escultura. Aliás, um dos elementos característicos do gótico é o emprego abundante de vitrais policromados, além dos admiráveis efeitos plásticos, sua luminosidade difusa cria um ambiente propício ao recolhimento e a piedade. A catedral de Chartres, considerada uma das mais importantes obras do estilo, tem 176 vitrais em forma de rosáceas, nas fachadas principais.

Arquitetura
A arquitetura gótica representa uma das maiores conquistas da capacidade criadora do homem. Sua primeira característica é a perfeita harmonização entre interior e exterior.
Símbolo da Igreja, corpo-místico de Cristo, os templos góticos conseguem criar para os fiéis uma atmosfera cheia de religiosidade, onde o sagrado se faz sensível, envolvente e penetrante. Em síntese, a igreja gótica é uma autêntica representação plástica do homem cristão consciente da sua fragilidade e atormentado pela ânsia do infinito, da imortalidade. São incontáveis os exemplos dignos de ser mencionados. Entre os mais famosos, lembramos Chartres, Reims, Colônia, Notre-Dame de Paris, Westminster e Brugos.
 
 
Fontes:
Moura, José Adolfo, Ivone Luzia Vieira e Jan Deckers. Educação Artística Vol. I, Ed. Lê, 1978 Belo Horizonte-MG
Arte Românica. www.historiadaarte.com.br